Blog of the jealous Lovers

De acordo com Rimbaud, que vogal voce eh?
  Cade o gingado? Pois eh, ja tem gente dizendo sem medo uma grande verdade sobre a musica brasileira no cenario mundial. “A musica Brasileira perdeu o gingado”, disse em entrevista a Jo Soares o trombonista Bocato. Eh de se concordar que pecas brasileiras tocadas pelo mundo, ha muito nao deixam de ser as mesmas conhecidas de sempre. Estou falando de “Garota de Ipanema”, “Manha de Carnaval”, One note Samba ou Samba de uma nota so, e ate a antiguissima Carmem Miranda ( Personagem da epoca em que Brasil-EUA maquinavam a politica de boa vizinhanca ). E o mais incrivel nisso tudo, eh que essas musicas continuam sendo tocadas, pelo menos pude conferir programas em homenagem a Tom Jobim e Nazareth em uma radio aqui de Michigan. Tambem ouvi em Frances, em radio francesa, claro, o locutor anunciar “Desafinado” ( musica de Tom ) entre as mais novas e antigas pecas de jazz.
Perdeu o gingado sim, mas quem procura sempre acha coisas boas. Como o grupo “Trovadores Urbanos” criando em cima de ja famosas pecas do Choro. O grupo Duofel, dupla de violonistas que fazem e criam em cima de musicas. Dos populares, que deveriam ser mais ouvidos, gosto de Lenine, Zeca Baleiro, Zoli, Ana Carolina, Chico Cesar e Cia. A velha MPB vinda de Chico Caetano e Gil parece ter se esgotado ha tempos. O proprio Chico disse em entrevista que nao produz mais porque toda vez que pega no violao e tenta algo, isso se parece com coisas que ele fez antes. Mas uma vez eu pensei que a musica tinha caminhos infindaveis entre possibilidades. E tem. Isso eh matematico. Talvez o que acabe seja a idea por tras do estilo de musica, como o que aconteceu ao movimento tropicalista. Findou-se a ditatura, qual o motivo de cantar? Desse jeito sou obrigado a pensar que funcionamos melhor quando as coisas andam mal. Ou nao foi assim que o Jazz americano nasceu? Negros ao violao cantando trabalho, e as big bands divertindo em plena depressao economica. Assim segue o trenzinho caipira... salve Villa!
 
  Apresentar-se, De todas as vezes que estive para apresentacao, em vesperas ainda, em todas elas pensei cada uma ser a mais importante. E so quando terminava tudo bem eh que eu percebia o quanto bom foi o antes e o durante. Porque o depois costuma ser uma recaida, pelo menos pra mim, que fico meses sem tocar de novo. Foi assim desde a primeira banda de Rock in Roll, na qual eu vestia mesmo o uniforme: cabelao, guitara preta e distorcao. Houve uma epoca no Parque das Camelias em que era posivel encontrar um musico em potencial em cada um dos 46 blocos. Mas como aconteceu na epoca do andar de patins, jogar bola, xadrez, taco, pipa, yoyo e etc, esses musicos em potencial foram subtraidos pelo tempo, e hoje so alguns exercemos o tocar.
Feliz mesmo so fiquei quando consegui fazer meu proprio negocio, com a Bruna. Ela no vocal, eu no violao, eramos MPB/ROCK na voz e violao. Negocio esse tarde demais, atravessado pela viagem, mas que ainda vive na vontade de tocar juntos.
Por aqui ando tentando, atrapalhando a banda de Jazz do colegio. Digo atrapalhando porque por aqui o pessoal le musica, e eu, nessa lingua nao me achei ainda. Toquei uma vez, o que foi o bastante pra pensar que foi a mais importante, pois foi a primeira vez em que toquei sozinho pra muita gente numa festa “oficial”. “Oficial” porque fui contratado pra tocar, e toquei todas as musicas que ensaiei sozinho tempo atras. Todas instrumentais eh claro, pois eu nao canto ( no chuveiro, pode ser ). Ataquei de Jobim, Toquinho e Ernesto Nazareth no jantar de bodas de ouro de um casal americano.
Dois meses depois, na proxima quinta feira dia 29, estarei eu de novo tocando. Dessa vez indo pra valer no show de talentos do colegio. Preparei um Medley comecando com Hotel California, passando por Tears in heaven e terminando em Sweet Home Alabama. Mas eh claro nao vai faltar o brasileirissimo Tico-tico no Fuba, e uma camisa verde e amarela pra dar o clima. Esse nacionalismo todo, talvez nao seja compreendido, meio sem motivo, mas o estar aqui me faz pensar aonde e o que eh o Brasil e a nossa cultura.

Bando de doidos, que tipo de pessoa pode viver quatro meses de cada ano com neve?
Posted by Andre F.
 
  Diario de Bordo, 184 dias no mar, uma retrospectiva pra contar.
Meu ano novo, como eu sei, começou no dia 23 de julho de 2003. Em vespera, ainda n tinha certeza da viagem, pois ainda n tinha as passagens nas maos. Passaporte, telefonemas, informacoes, visto. Tudo feito passo a passo com os respectivos resultados aos quais sabemos. Deram certo. Ateh depois, ja aqui, fui adotado. Um juiz bateu o martelinho decretando minha guarda aos meus tios ate os 18 anos.
A escola requis algumas vacinas, implicou com as minhas ultimas notas ( terriveis ), me deu duas classes a mais, as quais odiei a primeira vista. Culinaria. Meses depois, se tornou a melhor classe.
Semana que vem, 23 de janeiro, vencimento do passaporte. Ate nisso escapei. Uma carta do governo me explicou que esse processo de extensao do visto leva de 150 a 180 dias.
Foram seis meses, deixando Guimaraes Rosa de lado, pensando pro Ingles. Recompensas, se sao, eh conversar com um amigo Polones sobre Chopin enquanto escolhendo roupas usadas do brecho americano. E tmb receber um boletim, que nem mesmo os americanos tem. Conhecer Ithar, um camarada gente boa que saiu do Iraque dois anos antes de aquilo pegar fogo. Foi dele que eu ganhei o apelido “troublemaker”. Viu as minhas primeiras trapalhadas por aqui.
Pra um balanco geral foi isso. Ganhando o aprendizado, perdendo calcas. Prefiro pensar que estou ficando fortinho.Saudades de todos que sabem quem sao.

postado por Andre



 
  Frio ae? Pra quem pensa que sabe o que eh frio, os termometros daqui hoje marcaram -15 Celsius. Depois de dias atipicos de calor em pleno inverno, o frio veio me lembrar o quanto estou vivo, por isso as pernas bambeavam.
Talvez isso seja culpa do tenis que eu comprei de terceiro dono por $15 e que nao eh apropriado pra afundar na neve. Pois o frio vai subindo do peh ateh o cerebro e congela qualquer pensamento. Deve ser por isso que eu nunca me lembro de trocar o tenis por uma bota de alpinista. Eu esqueco do frio que passei.
Ah, andar na high way ( 45 milhas/80 KM por hora ) no meio de uma snowstorm tambem foi melhor que Hopi Hari ou qualquer parque desses.

Pessoas, deem uma olhada na minha foto postada ai embaixo, podem rir, to ajudando o Lula na campanha tristeza zero!

Postado por Andre.  
  Vou me apresentar. Nasci com as aguas de Marco fechando o verao, no dia 10, batizado Andre Luiz Tiepo Fonseca.
O Tiepo vem dos imigrantes Italianos. O Fonseca, sobrenome imponente ( Marechal Deodoro da Fonseca ), vem de qualquer parte da Bahia. Sem procedencia conhecida. Ja o Luiz, prefiro pensar que foi um mal entendido. Nao gosto muito dos nomes de dois nomes, LUis Roberto, Jose Geraldo, Jao Jose, Pedro Felipe. Nomes de astros das novelas do SBT.
Andre gosta de: usar meias brancas que n sejam apertadas, ao contrario, algodao macio/ daquelas que podem ser compradas no Wall Mart por $2. Gosta de: Ouvir musica nos minimos detalhes, separando mentalmente cada instrumento to seu todo.
Ok, mas uma coisa importante pra se saber sobre mim eh que eu n uso acento pra escrever. E isso, eu juro, n eh por querer, eh porque ha muito tempo que eu desaprendi a usar. Olha so, vov^o, ou p~ao. Se alguem souber o que eu estou fazendo errado me envie um email. Postado por: Deko 
  Receita de madeleines "Ingredientes:
- 125g de farinha
- 125g de manteiga derretida
- 2 ovos inteiros e 2 gemas
- 250g de açucar
- 1/3 de colher de chá de fermento
- raspas de uma casca de limão


Bata primeiro os ovos, depois acrescente o açucar. Bater novamente e adicionar a farinha e o fermento; mexer bem. Adicione a manteiga e mexa bem para homogeneizar. Cubra a tigela e leve à geladeira, deixando descansar por meia hora. Depois despeja-se em forminhas amanteigadas. Assar no forno em temperatura média; espalhe um pouco de raspa de limão em cada bolinho antes de servir."- postado por nat 
  COMUNICADO! Aloha,

Aviso aos nossos milhoes de leitores. Meu nome eh deko ( o mesmo do texto "A viagem" ), e eu vou estar aqui parlando doces e travessuras com a amiga Natalia por esse tempo. Alias, doido tempo aqui em Detroit. Pra que falar que passei natal e ano novo aqui sem neve? O que ha de errado com os filmes de natal americano? Acho que o mesmo problema dos hamburgueres do Mc Donnalds. No filme " Um dia de furia ", aquele ator Michael Douglas entra num Mc, pede um lanche e pergunta: Onde esta o Hamburguer que eu pedi? Aquele do cartaz?Gigante e suculento? Depois, o proprio titulo do filme conta o resto, o ator esta num dia de furia e metralha tudo.
Bom, obrigado pelo convite nat!- posted by Deko 
LiTeRaTuRa & VaRiEdAdEs

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